terça-feira, 16 de junho de 2015

PJ 31 anos: Um jeito de ser e fazer o projeto de Jesus Cristo (2013)



Estamos há exatos seis meses passados da Celebração estadual de 30 anos da Pastoral da Juventude em Santa Catarina. Também, a mesma alegria se faz na celebração e memória dos 31 anos de caminhada. Hoje, dia 15, de modo especial onde se faz memória da primeira Assembleia, organizada, que marca os primeiros passos da Pastoral da Juventude em Santa Catarina, quando a 15 de maio de 1982 se realizava a primeira assembleia regional, em Lages.31 anos de caminhada que marcam e fazem acreditar e ser essência de nosso jeito de ser, crer, viver, sonhar, celebrar... Há seis meses atrás eu estava lá e vi, ouvi e senti as várias mãos se entrelaçando em uma grande ciranda na luta e defesa pela vida da juventude. Era de encher os olhos; os sorrisos e a certeza de que o grupo de jovens é lugar de amizade, de felicidade, de ser e celebrar a essência da vida.
Naquele dia quinze – que se estendeu até o dia dezoito – estava lá no meio da juventude. Eram tantos e tantas jovens líderes que buscavam formação nas oficinas específicas de cada temática, que faziam memória rezando a caminhada, que estavam atentos às provocações pelo seguimento do projeto e da pessoa de Jesus Cristo e da identidade e história da Pastoral da Juventude, que sonhavam e reafirmavam um jeito jovem de ser Igreja. E tem coisas que somente o/a jovem é capaz de compreender. O descobrir, entender e acolher o jovem como lugar teológico, que tanto nos lembra o documento 85 da CNBB, só faz sentido quando se aposta, se vive e se acompanha a piazada. É beber da mesma fonte. Compartilhar dos mesmos sonhos. Dar as mãos e caminhar junto. Fazer acontecer e estar em sintonia com a vida gerada é tempo de graça, de vida e celebração. 
Igreja jovem em missão, caminhando com Jesus, na contramão de tudo o que é diferente a proposta e bela notícia do Reino. Esse era o hino entoado e feito memória por tantas e tantos no decorrer da celebração e da caminhada. Hino, que belo por sinal tem a marca e o chão desses 31 anos de caminhada. Feito e entoado por jovens, trazendo presente as construções e a opção pela vida da juventude em nosso solo catarinense.
É, olhar para trás, fitar na mente e no peito cada sensação e emoção, parece ainda que tudo acontece ao mesmo tempo, a energia que vem de dentro, de Deus, que se expande aqui, ali e em todo lugar. Celebrar a vida é celebrar novos ares e novos tempos. É reconhecer no rosto da juventude catarinense tanta vida construída nestes 31 anos. São vocações presbiterais, religiosos/as, ministeriais, no trabalho, na política, nas mais diversas áreas, frentes e frontes de tantos e tantas que construíram e constroem essa caminhada. Celebrar a vida é energizar-se e encantar-se pela beleza dos nossos sonhos; é caminhar sendo testemunha fiel do Ressuscitado.
O olhar para trás também nos projeta no olhar contínuo, para frente, e olhar para frente animados pelo Seu projeto e pela Sua pessoa nos faz crescer e frutificar no chão da vida, enraizados na fé, encantados e reencantados no caminho da Civilização do Amor, sendo e fazendo a mudança que desejamos. 
Por isso, mais do que soprar velinhas, é sempre tempo de plantar e de colher as flores nesse jardim da vida, casa de todos nós, Pastoral da Juventude de Santa Catarina.

Uilian Dalpiaz
Secretário Regional da PJ - SC

por Dierry Felipe Telles

Carta aos jovens, aos assessores e a todos que assumem a causa da juventude (2013)



Queridos e queridas jovens, é com muita alegria que chegamos até vocês por meio desta carta!
Acreditamos que o Reino de Deus se constrói coletivamente, em mutirão, e sempre em comunidade, em grupos, nas bases, por isso a partir deste mês a coordenação arquidiocesana da PJ estará em contato com os grupos de base por meio de uma carta mensal que busca refletir sobre algum tema, realidade e trazer aos nossos corações a esperança de que não estamos sozinhos.
Boa leitura e esperamos suas contribuições.




Por: Dierry Felipe Telles

Formação para jovens coordenadores de base é realizada pela PJ da Arquidiocese de Florianópolis (2013)





É na base que o trabalho é feito, na comunidade que tudo acontece e no trabalho em conjunto que a verdadeira comunhão existe. E não foi diferente na 1ª etapa da Escola da Juventude este ano, ocorrida na Paróquia dos Sagrados Corações, em Barreiros, no último final de semana de abril. Contando com a presença de 19 jovens, que são chamados de escoleiros, eles trabalharam sobre a história da nossa Pastoral e de nossa identidade. Os escoleiros também começaram a dar uma olhada em como construir um projeto de vida e a importância de se ter um. Este ano também está sendo marcante, pois estamos contando com a presença especial de três jovens da PJM, sendo um deles a Patrícia, que nos fala um pouco do que sentiu: “Nessa I etapa da Escola da Juventude eu pude aprender um pouco mais sobre a história da PJ, como funciona. Faço parte da PJM (Pastoral Juvenil Marista), e nunca tinha participado de algo preparado pela PJ. Posso dizer que foi uma experiência maravilhosa, um espaço para as relações interpessoais, de
espiritualidade, dinâmicas, palestras, celebrações... Fui muita bem acolhida por todos, me senti muito bem em todos os momentos, e o legal é que todos estavam ali com o mesmo objetivo. Fui com medo, não sabia o que esperar, mas voltei com o coração cheio de coisas boas e pronta para colocar em prática o protagonismo juvenil.” Como ela mesmo disse, dentro da Pastoral procuramos deixar o jovem colocar a mão na massa, pois como nosso próprio nome já diz, somos DA juventude e não DE juventude. Tivemos também a experiência de fazermos toda a estrutura da escola dentro de uma paróquia, onde os jovens puderam experimentar um pouco do contato mais próximo da base, onde deve ser realizado seu trabalho, e eles também dormiram nas casas de famílias da paróquia, como conta o escoleiro Rafael, de Biguaçu: “A escola foi uma experiência muito boa e totalmente diferente de tudo que eu já havia participado. A escola é um momento especial, onde conhecemos pessoas maravilhosas com os mesmos interesses que o nosso, pessoas interessadas em seguir Jesus, que não ligam de ser chamados de idiotas por dançarem a musica da casinha, hehehe. Na escola vivenciamos a PJ em si, de uma forma dinâmica, diferente. Conhecemos coisas novas. E sem contar essa 10ª edição que esta um pouco diferente das outras, neste ano ficamos em casas de famílias da paróquia que cedia o evento. E é muito interessante conhecer pessoas que estão de braços a nos receber, não importa como somos, pelo menos foi isso que eu pude perceber na casa em que eu fiquei, eles foram muito gentis, e legais, (sem contar que tinha um monte de coisas gostosas para comer, hehehe), e não menos importante, gostaria de agradecer a todos que organizaram essa escola maravilhosa, obrigado por nos proporcionarem momentos incríveis, tanto de reflexão e aprendizado, quanto de diversão.” Optando pelo método “Ver-Julgar-Agir-Rever-Celebrar” damos também ao jovem a oportunidade de colocar toda a sua alegria e êxtase para fora depois de muito esforço e trabalho, como colocou muito bem o escoleiro Rafael, há os momentos de estudo e os momentos de diversão, pois não foi numa festa que Cristo realizou seu primeiro milagre? Ainda no trabalho da Pastoral, temos o protagonismo juvenil, citado pela jovem Patrícia, que conseguimos ver claramente em quem estava colocando a mão na massa para a EDJ acontecer. Vários jovens da arquidiocese, juntamente com o apoio de assessores, trouxeram para fora do papel este espaço de formação que tivemos. A jovem Fernanda nos coloca um pouco de como foi a experiência de colocar um pouco do que viu na EDJ do ano passado, quando foi escoleira, neste ano: "Fui escoleira no ano passado, junto com o Lucas e a Manoela do mesmo grupo que eu, e essa foi meio que a recriação de um envolvimento do nosso grupo com a PJ, o grupo passava por problemas na época então foi muito válido para nós essa interação. Tanto que hoje o grupo não existe mais, porém nós continuamos envolvidos com a pastoral, porque a PJ tem uma energia, uma mística que é meio inexplicável, tem que se vivenciar para entender. E esse ano o Lucas e eu estamos ajudando na parte de mística da EDJ, e é muito bom ver esse pessoal empolgado pra conhecer todas essas coisas que são passadas na escola e mostrar um pouco da essência da PJ." Como a nossa vida é um ciclo e continuidade, assim como na PJ, participamos de processos onde crescemos e em outros que repassamos o que aprendemos. É jovem evangelizando jovem, trabalhando em conjunto para a construção de um Reino e da Civilização do Amor. Esperemos as outras etapas para concluirmos mais uma parte da caminhada que temos rumo aos nossos objetivos que são um. E veremos então mais frutos lançando sementes e a cada dia que passa, a Pastoral da Juventude contagiar mais pessoas e elas fazerem parte desta história, que é da PJ, mas principalmente delas.
Fonte: Maurício Luís Alves Júnior



Por: Dierry Felipe Telles

Travessia V - Jovens concretizam sua fé nas obras (2013)

Através da organização do casal assessor Marcos e Gisele e de uma equipe de jovens da Paróquia Santo Antônio (Campinas), o grupo JUCRI - Jovens Unidos em Cristo - realizou nos dias 5, 6 e 7 de Abril a quinta edição do retiro Travessia, na casa de retiros Caminho de Nazaré. O tema central abordado no encontro fora "a fé sem obras é morta", levando o subtítulo "Fé, e as obras?" - uma pergunta um tanto intrigante. Com 45 jovens de diversos grupos da Pastoral da Juventude arquidiocesana, o fim de semana foi classificado pelos jovens como motivação de continuar sua caminhada. "Um final de semana alegre e divertido, mas também sério e emocionante... Foi muito bom para a alma", diz Ana Clara, de 21 anos. O tema nos leva a repensar nossas ações para com o mundo, pois não adianta apenas oração - é necessário ser fermento na massa e trabalhar! "Vem juventude, trabalhar, lutar, sonhar..."








Fonte: Taynan Pedroso e Lucas Kamers



Por: Dierry Felipe Telles

Artigo: Plano Juventude Viva, prevenir a violência contra a juventude negra (2012)

Confira o artigo dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Luiza Bairros (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) sobre o Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra, lançado em Maceió (AL), no dia 27 de setembro.
Na semana passada (27/09) lançamos em Maceió a primeira etapa do plano de prevenção à violência contra a juventude negra. O “Plano Juventude Viva” foi elaborado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e pela Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude, com o apoio de um conjunto de ministérios e participação ativa da sociedade civil.
Essa iniciativa é o começo da resposta que devemos dar a uma realidade alarmante: atualmente o homicídio é a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil. Isso se agrava ao constatarmos que os jovens negros são as principais vítimas. Em 2010 foram assassinadas quase 50 mil pessoas no Brasil, sendo mais da metade delas jovens (53,3%), dos quais 76,6% eram negros e 91,3% homens, segundo os dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. Entre 2001 e 2010, mais de 270 mil jovens foram vítimas de homicídio no país.
Trata-se de um cenário de violência extrema, de violação flagrante de direitos humanos, que atinge não apenas um segmento social, mas projeta uma sombra sobre o futuro do país. Talentos e vocações são ceifados, impedindo possibilidades de realização humana de que a nação não pode prescindir. O primeiro passo é reconhecer que as políticas públicas não estão atingindo os jovens adequadamente. A juventude é criativa em sua essência, diversa e batalhadora na busca de oportunidades. É nossa obrigação apoiar essa geração e darmos, principalmente, segurança para que conquistem seus objetivos.
Onde o Poder Público mais falha é que a violência é maior. Na ausência de serviços públicos qualificados abrem-se espaços de conflito relacionados ao crime, à violência doméstica e ao desprezo pela vida. Isso conforma um ciclo vicioso, cujo sintoma mais grave é o envolvimento frequente de agentes públicos em homicídios de jovens. Precisamos reverter esse cenário com urgência. 
O “Plano Juventude Viva” pretende fazer o Brasil avançar diante desse desafio. Além da SNJ/SG/PR e da SEPPIR, sua elaboração contou com os ministérios da Justiça, Trabalho e Emprego, Educação, Saúde, Cultura e Esportes. Tal articulação governamental apoiou-se também na contribuição da sociedade civil, por meio de organizações juvenis, do movimento negro, das pastorais, do movimento hip hop, e dos grupos partidários, sindicais, de comunicadores, de estudantes e de trabalhadores rurais. A partir de agora entram também com peso os governos estaduais e municipais, que executarão cada ação prevista neste esforço coletivo.
Alagoas é o estado com a maior taxa de homicídios do Brasil, sendo que os índices de vitimização do homem jovem e negro são maiores do que a média nacional. O estado receberá a partir de agora cerca de 30 iniciativas em diferentes frentes para prevenir a violência contra a juventude negra e será um parceiro importante nesta etapa do plano, que vai servir de referência para sua ampliação. As ações vão desde pesquisas para orientar a ação pública até programas específicos de proteção à juventude mais exposta à violência, passando pela rede de ensino, saúde, lazer e segurança, por exemplo.
Queremos levar aos territórios mais afetados pelos homicídios oportunidades de renovação das relações sociais. Permanecemos com o objetivo contínuo de superar discriminações e desigualdades históricas e fortalecer as instituições democráticas, para que o Estado se consolide como promotor e principal defensor dos direitos humanos.
Apesar dos enormes avanços das políticas sociais, ainda restam desafios especiais em relação à juventude negra. O governo da Presidenta Dilma está comprometido com a mudança dessa realidade e o Plano Juventude Viva é um exemplo disso. Vamos construir juntos um país em que o direito à vida sem violência e sem discriminações seja nossa verdadeira base de convivência social. 

Em Vitória/ES, GUILHERME MENEZES ASSINA O PACTO PELA JUVENTUDE (2012)

Em Vitória/ES, GUILHERME MENEZES ASSINA O PACTO PELA JUVENTUDE

Foi assinado dia 22 de setembro, pelo atual prefeito e candidato à reeleição, Guilherme Menezes, o Pacto pela Juventude. O Pacto é uma proposição do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) para que os governos federal, estaduais e municipais se comprometam a inserir em suas plataformas políticas as demandas da juventude. Esse acordo foi assinado na presença de representantes de diversas entidades da juventude Conquistense.
Antes considerada por muitos como apática e despolitizada, a juventude aparece hoje enquanto protagonista das lutas sociais, sendo a propulsora nas lutas democráticas das últimas seis décadas. O Pacto surge num contexto de luta e libertação visando garantia das emendas juvenis e de todas as suas bandeiras nos planos de governo. O Pacto pressionou a inclusão da juventude brasileira na Constituição Federal, com a Emenda 65; por meio da criação de conselhos e órgãos, conseguiu institucionalizar a Política Nacional de Juventude; e levou ao Governo Federal a tramitação do Estatuto e do Plano Nacional de Juventude, entre outros marcos legais.
Guilherme – primeiro gestor municipal a assinar o Pacto pela Juventude no sudoeste da Bahia – por meio do documento, se comprometeu a transformar as bandeiras e demandas juvenis apontadas pelo Conjuve em prioridade, sendo elas: educação de qualidade; assegurar trabalho decente para a juventude; promover a saúde integral; promover o direito à comunicação; promover o acesso a cultura, esporte, lazer e tempo livre; garantir o direito ao território; prevenir e enfrentar a violência; institucionalizar a política de juventude e fortalecer os canais de participação democrática.
Em seu discurso, Guilherme agradeceu a presença dos jovens e afirmou que a riqueza daquele encontro consistia em tornar visível a pluralidade das juventudes existentes em Vitória da Conquista, sensibilizando-se com a união das forças juvenis que levaram a assinatura do pacto.
Para Guilherme, todos devem ter voz, todos devem se expressar de forma organizada e a juventude deve buscar seu direito de participar do governo de sua cidade. Para ele, é importante que a juventude de todas as expressões e de todos os espaços geográficos participem do governo por dentro, ressaltando a relevância de que esses estejam próximos à gestão, trazendo suas discussões e demandas para que eles possam buscar as soluções cabíveis junto à sociedade.
Para Glauber Rocha, 19 anos, presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas Conquistense (Umesc), “é um momento ímpar para a juventude da cidade. Pela primeira vez um candidato a prefeito com grandes chances a reeleição e uma pessoa que já trabalhou muito em Conquista vai garantir que a juventude tenha um espaço maior dentro das políticas públicas para a nossa área”. O jovem apontou ainda que Guilherme trabalha para todas as juventudes. Segundo Eliane Souza Santos, 30 anos, representante do movimento LGBT, a gestão do candidato tem sido parceira dos jovens homossexuais através do apoio às Paradas do Orgulho de Ser LGBT, às Conferências Territoriais LGBT e dos Seminários da Diversidade.
O 13 está no coração da juventude e o pacto vem reafirmar o compromisso que a gestão de Guilherme Menezes tem tido com essa parcela da população por meio do investimento na educação, na segurança, na saúde, no lazer e outras políticas afirmativas.




Eleições: votar em quem e para quê? (2012)

Eleições: votar em quem e para quê?

Cientes de que devemos dedicar nossas energias no fortalecimento da política de empoderamento da luta dos pobres, precisamos também, durante o processo eleitoral, momento decisivo, contribuir para que os melhores – se não, os menos piores – candidatos sejam eleitos. Considerando que o marketing político e a propaganda ensurdecedora criam uma cortina de fumaça sobre a realidade, cegando muita gente, vamos tecer algumas reflexões, com o intuito de ajudar a discernir em quem devemos votar e para quê.
eleicoes
É hora de pensar e votar conscientemente, pois voto não tem preço, tem consequências! “Somos seres políticos”, já dizia Aristóteles. Ingenuidade dizer:“Sou apolítico. Não gosto de política. Sou neutro.” Todos nós fazemos política o tempo todo. Política é como respiração. Sem respiração, morremos. Política refere-se ao exercício de alguma forma de poder, como nos ensina Bertold Brecht em O Analfabeto Político. A política, como vocação, é a mais nobre das atividades; como profissão, a mais vil.
Urge resgatar a história do/a candidato/a. “Diga-me com quem andas...”. Quem o financia? Fujam das candidaturas ricas, as que têm as maiores campanhas. Fujam dos/as candidatos/as que pagam cabos eleitorais. Esses/as fazem política como negócio. Investem na campanha para lucrar depois, com as benesses que ganharão do poder público. Importante observar quais as ações do/a candidato/a no passado e no presente. Urge olhar as ações dos partidos também. O/a candidato/a é candidato/a porque quis ou aceitou se candidatar por insistência do povo organizado? Se o/a candidato/a tem sede de poder, se teve a iniciativa de se candidatar, fuja dele/a.


Na sociedade neoliberal, os interesses privados são “camuflados em princípios políticos, porque os investimentos privados dependem de uma proteção governamental.” É injusto votar em quem governa para a classe dominante, beneficiando uma minoria e pisando na maioria do povo, nos pobres. É imprescindível não apenas votar, mas acompanhar, de forma coletiva, as ações governamentais e os mandatos eletivos. São relevantes as iniciativas populares, os referendos, os plebiscitos, a participação popular e a solicitação de audiências públicas para o debate de temas relevantes. Enfim, exercer também a democracia direta.


Próximo à maior festa judaico-cristã, a Páscoa, impulsionado por uma ira santa, Jesus chegou ao Templo de Jerusalém, lugar considerado o mais sagrado. Furioso, “fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e bois, destinados aos sacrifícios. Derramou pelo chão as moedas dos cambistas e virou suas mesas. Aos que vendiam pombas (eram os que diretamente negociavam com os mais pobres, porque os pobres só conseguiam comprar pombos e não bois), ordenou: ‘Tirem estas coisas daqui e não façam da casa do meu Pai uma casa de negócio.”


Como lobos em pele de cordeiros, há muitos “vendilhões do templo” em campanha, para comprar votos e, depois de eleitos, continuarem o processo de prostituição e idolatria reinante na sociedade, nas cidades, nos municípios. Assim como Jesus, movidos por uma ira santa, devemos impedir que esses falsários sejam eleitos. “Nunca se esqueça de que apenas os peixes mortos nadam a favor da correnteza”, alerta Malcolm Muggeridge. Enfim, votar em quem está comprometido, de fato, com a luta de libertação dos pobres. Eleger pessoas que de fato representem a luta do povo oprimido.


Frei Gilvander Luís Moreira, mestre em Exegese Bíblica, assessor do CEBI, SAB, CEBs, CPT e Via Campesina.

www.gilvander.org.br

www,facebook.com/gilvander.moreira


Fonte:http://www.mundojovem.com.br/noticias/eleicoes-votar-em-quem-e-para-que